Amamentação nos Primeiros Dias: Dores, Dificuldades e Como se Preparar
Descubra como lidar com dores e dificuldades na amamentação nos primeiros dias. Entenda as causas, como se preparar na gravidez e quando buscar ajuda.
ALIMENTAÇÃO
8/9/20254 min read


Amamentação nos Primeiros Dias: Dores, Dificuldades e Como se Preparar
A chegada do bebê traz uma avalanche de emoções — e com ela, o início da amamentação. Apesar de ser um processo natural, os primeiros dias de amamentação costumam ser desafiadores para muitas mães. Dores, dúvidas, inseguranças e cansaço fazem parte dessa fase, mas a boa notícia é que é possível se preparar e superar os obstáculos.
Neste artigo, você vai entender:
Por que a amamentação pode doer no início
Quais são as principais dificuldades enfrentadas pelas mães
Como se preparar física e emocionalmente para esse momento tão importante
A Realidade da Amamentação nos Primeiros Dias
Logo após o parto, o corpo da mulher entra em uma nova fase de ajustes. Os hormônios estão intensos, o bebê ainda está aprendendo a sugar corretamente, e o peito começa a produzir o colostro — o primeiro alimento, rico em anticorpos.
Apesar de natural, a amamentação exige técnica, paciência e informação. Muitas mães, especialmente de primeira viagem, se deparam com:
Dor ao amamentar
Fissuras nos mamilos
Dificuldade na pega correta
Produção insuficiente (ou excessiva) de leite
Medo de “não estar fazendo certo”
Dores na Amamentação: Por Que Acontecem?
Nem toda dor é normal. No entanto, nos primeiros dias, é comum sentir um certo desconforto inicial quando o bebê começa a sugar. Essa sensação deve passar em poucos segundos.
Se a dor persistir ou piorar, pode ser sinal de:
Pega incorreta
Bebê mal posicionado
Fissuras nos mamilos
Congestão mamária ou mastite
Como aliviar:
Ajuste a posição do bebê — o queixo deve tocar o seio e a boca deve abocanhar boa parte da aréola.
Varie as posições a cada mamada.
Faça compressas mornas antes e frias após as mamadas.
Use o próprio leite para hidratar os mamilos.
Se as dores forem intensas, procure ajuda de um profissional — um consultor de amamentação ou enfermeira obstétrica pode fazer toda a diferença.
Dificuldades Comuns e Como Superá-las
1. Pega incorreta
A pega errada está na raiz da maioria dos problemas. Ela impede a sucção eficiente e causa dor.
Como resolver:
Observe se a boca do bebê está bem aberta.
O lábio inferior deve estar virado para fora.
Você deve ouvir sucções lentas e profundas.
2. Produção de leite desregulada
Nos primeiros dias, o corpo ainda está "aprendendo" a quantidade ideal.
Como ajudar:
Amamente em livre demanda — sempre que o bebê quiser.
Evite oferecer bicos artificiais (mamadeiras ou chupetas) no início.
Cuide da hidratação e da alimentação.
3. Cansaço e exaustão
O bebê mama com frequência, inclusive à noite, o que pode ser extremamente cansativo.
Dica:
Divida outras tarefas com o parceiro ou familiares.
Durma quando o bebê dormir, mesmo que por curtos períodos.
Como se Preparar Para a Amamentação Ainda na Gestação
A preparação emocional e informativa ainda durante a gravidez pode prevenir muitos dos problemas no pós-parto.
✅ O que fazer:
Participe de rodas de conversa com outras gestantes.
Assista a vídeos de profissionais especializados.
Leia conteúdos confiáveis sobre o tema.
Converse com o obstetra e a equipe do pré-natal.
Conheça bancos de leite e grupos de apoio na sua região.
A Importância do Apoio Familiar
A rede de apoio é fundamental para que a mãe se sinta segura e acolhida. Parceiros(as), avós e cuidadores precisam estar bem informados e disponíveis, principalmente nos primeiros dias.
Apoio é mais do que ajudar — é não julgar, acolher e respeitar o tempo da mãe e do bebê.
Quando Procurar Ajuda Profissional?
Se você estiver enfrentando:
Dores intensas persistentes
Fissuras que não cicatrizam
Bebê que não ganha peso adequadamente
Insegurança com a produção de leite
Febre ou sinais de infecção nos seios
Procure um banco de leite, consultora de amamentação ou o pediatra. Não hesite — quanto antes houver suporte, mais rápida será a resolução.
Conclusão
Amamentar nos primeiros dias pode ser difícil, mas com informação, paciência e apoio, tudo se torna mais leve. Você não precisa enfrentar isso sozinha.
Permita-se errar, aprender, descansar e pedir ajuda.
A amamentação é um processo de conexão, não de perfeição. Seu corpo é capaz, seu leite é suficiente, e você está fazendo o melhor possível.
Perguntas Frequentes (FAQ)
1. É normal sentir dor ao amamentar nos primeiros dias?
Sim, um leve desconforto no início é comum, mas dor intensa ou rachaduras não são normais. Elas geralmente indicam problemas na pega do bebê. Procure orientação de um profissional.
2. Como saber se o bebê está mamando corretamente?
A boca do bebê deve cobrir a maior parte da aréola, com os lábios virados para fora. Você deve ouvir a deglutição e não sentir dor forte nos mamilos. O bebê também deve parecer satisfeito após a mamada.
3. O que fazer quando os seios ficam empedrados?
Massageie suavemente e ofereça o seio ao bebê com frequência. Aplicar compressas mornas antes e frias depois da mamada também ajuda a aliviar o incômodo.
4. Como prevenir rachaduras no mamilo?
A melhor prevenção é garantir a pega correta. Também é importante evitar lavar o seio com sabonetes e deixar um pouco de leite secar naturalmente sobre a pele após as mamadas.
5. Posso usar bico de silicone para aliviar a dor?
Só com recomendação profissional. Em alguns casos, pode ajudar temporariamente, mas o uso contínuo pode atrapalhar a pega e a produção de leite.
6. Como me preparar ainda na gravidez para amamentar?
Participar de rodas de conversa, cursos sobre amamentação e conversar com outras mães pode ajudar muito. Informação e apoio desde antes do parto fazem toda a diferença.
7. É verdade que o leite demora a “descer”?
Sim. Nos primeiros dias, o corpo produz colostro, um líquido rico e suficiente. O leite geralmente desce entre o 2º e o 5º dia pós-parto. Amamentar com frequência acelera esse processo.
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Sempre consulte um(a) profissional qualificado(a) antes de tomar qualquer decisão relacionada à sua saúde ou à saúde do seu bebê. Cada gestação e cada criança são únicas, e o acompanhamento profissional é fundamental.